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Os motoristas de táxi em Haia recusaram-se a aceitar 'drag queens'. Segundo a AD, Ben Manuputty, organizador do Orgulho de Haia realizado na semana passada, quer conversar com empresas de táxi para expor o problema.

Segundo reportagem da Passenger Transport Magazine, Manuputty se baseia em um incidente ocorrido no último fim de semana, após a festa de encerramento do Orgulho de Haia. Dois visitantes proeminentes do evento LGBTI, as drag queens Kristel Jongman e Rose Garden, tentaram pegar um táxi no estande da Jan Hendrikstraat.

Havia seis táxis esperando naquele momento, mas todos os motoristas se recusaram a levar as ‘senhoras’ sem explicar o motivo. Os visitantes do Orgulho vestidos com roupas femininas luxuosas não tiveram escolha a não ser caminhar até o hotel. De salto alto no meio da noite, foi uma caminhada desconfortável de uma hora.

Embora o incidente tenha ocorrido há uma semana, Manuputty ainda quer divulgá-lo como organizador do Orgulho. “As drag queens já tinham me contado na segunda-feira e não queriam divulgar elas mesmas”, diz ele. “Estava muito ocupado com a organização do evento, muita coisa ainda precisava ser acertada porque partes do Pride foram canceladas de última hora por conta do mau tempo. Como não me sentia bem, decidi neste fim de semana escrever uma carta aberta a todas as empresas de táxi de Haia."

Não se sabe a que bolsas estão filiados os táxis que recusaram os clientes bem vestidos. “Isso realmente não importa”, diz Manuputty. “Eu gostaria de discutir isso com todas as empresas de táxi e motoristas. Talvez deva ser feito um acréscimo ao protocolo de táxi, porque não é a primeira vez que essas pessoas são recusadas”.

A HTMC Taxicentrale foi a primeira a responder do mundo dos táxis em Haia. A empresa ressalta que transporta a todos, independente da origem ou natureza. “Se surgir alguma reclamação, os motoristas serão atendidos imediatamente, por isso falaremos imediatamente com Ben Manuputty”, disse o HTMC. Os vereadores Ralf Sluijs (Hart voor Den Haag/Groep de Mos) e Maarten De Vuyst (GroenLinks) também já indicaram que levarão o caso ao tribunal.