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Imagem Pitane

A OCTO.CAB, fundada por um grupo de empreendedores visionários, já viu oportunidades de entrar no mercado de terminais de dados em 2019.

Uma revolução no setor dos táxis vem de um escritório em Eindhoven. Com a prevista introdução de nova legislação em 1 de janeiro de 2025, segundo a qual todos os táxis devem estar ligados em tempo real aos servidores da Inspeção do Ambiente e Transportes (ILT), a empresa OCTO.CAB está a responder a uma grande mudança.

Durante as sessões de brainstorming, os cofundadores John van Gils, Luuk Soentjens, Ruud Mathijssen e alguns outros sentaram-se à mesa, onde se sentiram livres para trocar ideias e abordar cada problema de diferentes ângulos. Assim como os polvos se adaptam ao seu ambiente, os fundadores procuraram soluções flexíveis para o rígido mercado de terminais de dados. “Tentamos abordagens e ideias diferentes, assim como um polvo usa táticas diferentes para resolver problemas”, explica John van Gils.

O nome OCTO.CAB é uma referência direta a esta estratégia multiarmada. Cada “braço” do polvo representa um aspecto diferente do serviço que o OCTO.CAB fornece, desde a interface do usuário e design de hardware até a integração com sistemas existentes e conformidade com novas regulamentações. “O mercado existente estava saturado com alguns players estreitamente ligados a empresas de software, o que limitava a nossa capacidade de estabelecer ligações. Isto encorajou-nos a desenvolver algo nós próprios”, diz van Gils.

O desenvolvimento do OCTO.CAB foi supervisionado desde o início por Luuk Soentjens, que, com a sua vasta experiência prática, sabia exatamente o que o mercado precisava. “Dedicamos tempo para desenvolver e refinar ainda mais o produto. As certificações para o atual BCT são muito caras para o período do “antigo” BCT que ainda resta, então valeu a pena esperar. Queríamos ter certeza de que tínhamos um produto totalmente funcional e otimizado”, afirma Soentjens.

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OCTO.CAB
Foto: © Pitane Blue - OCTO.CAB

"Enquanto não se sabe definitivamente quais são os requisitos de certificação, é difícil colocar uma etiqueta nos custos mensais. Podemos fazer isso para o hardware, que é de 1.499 euros, excluindo os custos de instalação. Mas os custos mensais adicionais não são ainda definitivamente determinado.”

O novo terminal, adequado para qualquer tipo de transporte de passageiros ou carga, não visa apenas o cumprimento da nova legislação, mas também oferece vantagens práticas. “O aparelho é compacto, fácil de instalar e não requer longas explicações. É intuitivo de usar”, acrescenta van Soentjens. Este é um importante ponto de venda, dado o espaço limitado para instalação nos carros mais novos.

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dispositivo compacto

Quanto ao hardware, a OCTO.CAB prestou atenção em cada detalhe. “Colocamos todas as conexões em um lado do dispositivo para simplificar a instalação e a manutenção”, explica Luuk. Este design, combinado com uma interface amigável e uma plataforma de software robusta, torna o OCTO.CAB uma opção atraente para empresas de táxi que se preparam para futuras regulamentações.

Os desenvolvimentos inovadores no sector dos táxis também enfrentam obstáculos burocráticos significativos. A introdução de novas tecnologias como as do OCTO.CAB é crucial para a modernização do setor, mas a regulamentação também pode colocar as empresas inovadoras numa posição difícil, como mostram os desafios delineados pelo empresário.

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Foto: Luuk Soentjens falando sobre o OCTO.CAB

"Se eles insistirem na obrigação de instalar um BCT além da nossa solução, haverá um atraso desde o início. Poucas empresas querem instalar dois gabinetes no táxi. Isso diminui muito as minhas chances de testar."

A empresa enfrenta potencial participação no 'Teste Prático 2', uma iniciativa da Inspecção do Ambiente e dos Transportes (ILT), que visa testar se as novas tecnologias cumprem as rigorosas regulamentações do sector. No entanto, Soentjens sublinha que as condições de participação ainda não são claras, o que dificulta o planeamento da sua participação e estratégia. “Ainda não sabíamos bem como participar”, explica. Isto mostra como a incerteza sobre os quadros regulamentares pode inibir as empresas inovadoras.

Nadeel

A situação é ainda mais complicada pela obrigação existente de os táxis instalarem um computador de bordo para táxis (BCT). Soentjens considera que a sua empresa e as empresas de táxi que pretendem participar no teste estão em desvantagem porque podem ser obrigadas a instalar um BCT padrão além do terminal OCTO.CAB. “Poucas empresas querem instalar dois cacifos no táxi”, diz ele, apontando para os encargos práticos e financeiros que tais regulamentações acarretam.

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A frustração é clara quando ele fala sobre o campo de jogo injusto criado por estes requisitos duplos. Ele pede uma liminar que permitiria que novos fornecedores como a OCTO.CAB testassem os seus dispositivos sem a necessidade de um BCT, algo que reduziria significativamente a barreira à inovação. “Eu esperava que concedessem uma liminar”, observa, o que abriria as portas para mais flexibilidade e inovação no setor.

futuro

O futuro do OCTO.CAB parece brilhante, com forte ênfase na facilidade de uso e na inovação. Se a legislação for implementada conforme esperado, a OCTO.CAB está preparada para se tornar um player importante num mercado em rápida evolução. Tudo isto aponta para uma estratégia inteligente que não só cumpre os novos regulamentos, mas também proporciona valor real aos utilizadores finais do sector dos táxis.

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