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Na noite de quarta-feira, milhões de usuários em todo o mundo foram confrontados com uma grande interrupção na Meta, empresa-mãe do Facebook, Instagram e WhatsApp.

Os problemas começaram por volta das 19.00h, horário holandês, com as mensagens não chegando mais, os cronogramas congelando e as plataformas ficando inacessíveis. Apenas duas horas depois, por volta das 21.00h, a situação parecia ter sido restabelecida. A perturbação expôs dolorosamente o quão dependentes destes serviços se tornaram tanto os particulares como as empresas.

Nos Países Baixos, dezenas de milhares de reclamações chegaram através de sites de denúncias como o Allestoringen.nl. Os usuários relataram, entre outras coisas, que as mensagens do WhatsApp não chegavam, que o Instagram estava inutilizável e que o Facebook simplesmente não carregava. Os mesmos problemas também foram relatados em outras partes do mundo, dos Estados Unidos à Índia e ao Brasil. Para as empresas que dependem destas plataformas para comunicação e vendas, o impacto tem sido significativo.

Meta respondeu via X, anteriormente conhecido como Twitter, e pediu desculpas pelo inconveniente. Num breve comunicado, a empresa indicou que está a trabalhar arduamente numa solução, mas não foram fornecidos detalhes concretos sobre a causa. “Estamos fazendo tudo o que podemos para disponibilizar nossos serviços novamente o mais rápido possível”, afirma Meta.

A interrupção destaca a onipresença das plataformas Meta na vida cotidiana. O WhatsApp é usado em todo o mundo para comunicações pessoais e empresariais. O Facebook e o Instagram desempenham um papel crucial no marketing, na distribuição de notícias e na interação social. A interrupção paralisou as conversas privadas, mas os processos de negócios também foram interrompidos. As lojas não conseguiram falar com os clientes, os pedidos atrasaram e as campanhas foram paralisadas temporariamente.

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Foto: © Pitane Blue -mídia social

Os especialistas em comunicações digitais alertam que tais incidentes levantam questões sobre a fiabilidade de um ecossistema digital altamente centralizado. Um professor de comunicações digitais afirma: “Se uma perturbação faz com que o mundo fique um caos durante algumas horas, temos de nos perguntar se estas plataformas se tornaram demasiado grandes e importantes”. Ele enfatiza que o domínio da Meta e de outras grandes empresas de tecnologia torna a sociedade vulnerável. “O problema não é apenas técnico; é estrutural. Existem muito poucas alternativas.”

Não é a primeira vez que o Meta sofre uma interrupção em grande escala. Em março, no início deste ano, as plataformas ficaram fora do ar por mais de seis horas devido a um erro de configuração do servidor. Os danos económicos foram consideráveis ​​na altura, porque as empresas de todo o mundo não podiam utilizar os seus principais meios de comunicação. Tais incidentes levantam questões crescentes sobre o futuro da infraestrutura digital e a concentração de poder nas mãos de um número limitado de empresas.

Nas redes sociais, os usuários não esconderam suas frustrações. Muitos expressaram sua insatisfação em plataformas como X e Telegram. Alguns brincaram sobre o silêncio inesperado e o aumento da produtividade. “Talvez seja bom fazer uma pausa forçada nas redes sociais de vez em quando”, escreveu um usuário. Outros foram menos tolerantes: “Parece que tudo desmorona quando esses aplicativos não funcionam. Essa não pode ser a intenção, pode?

A relutância da Meta em compartilhar detalhes sobre a causa da interrupção leva a críticas. Os usuários se perguntam o que deu errado e quais medidas a empresa está tomando para evitar uma recorrência. O incidente gerou uma discussão sobre a necessidade de descentralização nas comunicações digitais. Os especialistas defendem uma estrutura mais diversificada do ecossistema digital, para que uma única disrupção não tenha tanto impacto.

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A interrupção da noite de quarta-feira serve como um alerta para usuários e legisladores. Embora a Meta trabalhe em soluções, é claro que são necessárias mudanças mais amplas para reduzir a dependência de alguns gigantes da tecnologia.

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