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A acumulação de contratempos para a Booking.com ilustra o complexo ambiente jurídico e financeiro em que operam as organizações internacionais de viagens online.

Booking.com, a conhecida organização de viagens online com sede na Holanda, está mais uma vez em apuros. Após um acordo financeiro com as autoridades fiscais italianas, a empresa foi agora multada numa elevada quantia de 490 milhões de euros pela autoridade espanhola da concorrência, a Comisión Nacional de los Mercados y la Competencia (CNMC). Este anúncio representa mais um revés para a Booking.com, que já enfrentava desafios financeiros e jurídicos, incluindo a obrigação de aderir a um fundo de pensões da indústria de viagens, conforme determinado pelo tribunal de Haia.

pouco claro

Atualmente não está claro para que serve a multa da CNMC Financieele Dagblad mas pode ser o resultado de uma investigação formal que foi iniciado em 2022 após possíveis violações antitruste por parte da Booking.com. A empresa foi acusada de impor condições comerciais injustas aos hotéis em Espanha e políticas que poderiam excluir outras agências de viagens online (OTAs) e canais de vendas, dificultando assim a livre concorrência. 

As autoridades espanholas tomaram esta medida após reclamações da Associação Espanhola de Gestores Hoteleiros e da Associação Regional de Hotéis de Madrid. Estas denúncias levaram a uma investigação preliminar por parte do CNMC, que mostrou que havia motivos suficientes para investigar mais detalhadamente as práticas da Booking.com quanto a possíveis violações das leis de concorrência nacionais e europeias.

(O texto continua abaixo da foto)
escritório booking.com

Esta investigação, que tem implicações importantes para a economia digital espanhola, centra-se na proteção do mercado livre e no combate à concorrência desleal.

Estes desenvolvimentos recentes destacam os desafios enfrentados pelas principais plataformas online, como a Booking.com. Sublinham a importância de cumprir as leis locais e internacionais, numa altura em que as actividades destas empresas são cada vez mais escrutinadas pelos reguladores. O caso contra a Booking.com é um lembrete da necessidade de as plataformas online adotarem práticas comerciais justas e respeitarem o mercado livre.

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Ao mesmo tempo, a decisão do tribunal de Haia, que exige que a Booking.com se junte a um fundo de pensões para a indústria das viagens, colocou ainda mais pressão sobre a empresa. Esta decisão, que é retroactiva a 1999, acrescenta um encargo financeiro adicional aos desafios actuais da empresa, incluindo o declínio significativo de 82 por cento nos lucros trimestrais em comparação com o ano anterior.

Esta acumulação de contratempos para a Booking.com ilustra o complexo ambiente jurídico e financeiro em que operam as organizações internacionais de viagens online. Também enfatiza a importância de uma forte estrutura de conformidade que seja capaz de navegar nos diversos cenários jurídicos dos países em que operam.

Embora o resultado final da investigação da CNMC ainda não tenha sido determinado, é claro que o caso contra a Booking.com poderá ter consequências de longo alcance na forma como as plataformas online fazem negócios na Europa e potencialmente fora dela. Sublinha a importância crescente do direito da concorrência na era digital e os esforços contínuos dos reguladores para garantir uma concorrência e práticas de mercado justas.

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