Agora que existe um acordo entre o sindicato dos pilotos, a KLM e o governo, a KLM receberá a segunda parcela do apoio governamental. Uma pesquisa da agência de sinistros Aviclaim mostra que nenhuma outra companhia aérea recebe tanto apoio do Estado.
A KLM custa a cada cidadão holandês mais de duzentos euros, sem ter em conta o apoio salarial que a KLM recebe do governo. Isto é quase o dobro, por exemplo, do grupo Lufthansa, que recebeu 108 euros de ajuda estatal por cidadão alemão. Incluindo o esquema NOW que a KLM recebe, além dos 3,4 mil milhões de euros, o montante poderá subir para 300 euros por cada cidadão holandês antes do final do ano.
A proporção permanece a mesma quando se olha para o número de passageiros que a companhia aérea transporta num ano normal. O grupo Air France KLM recebeu mais de 100 euros por passageiro que transportou em 2019. Para a Lufthansa e o grupo IAG (British airways, Iberia e Vueling), são 61,98 euros e 11,33 euros, respetivamente.
É impressionante como são financeiramente saudáveis as companhias aéreas de baixo custo Ryanair e Easyjet. A Ryanair recebeu apenas 3,95 euros de apoio por passageiro transportado em 2019. Além disso, a Ryanair ainda tem 4,5 mil milhões de euros em caixa, uma das posições de caixa mais fortes do setor. Segundo a Ryanair, a concorrência desleal é criada por todos os auxílios estatais que as companhias aéreas recebem. Na verdade, a Easyjet não teve qualquer apoio governamental.
«Parece que as companhias aéreas nas quais o governo detém ações significativamente mais auxílio estatal do que as companhias aéreas de propriedade totalmente privada", diz Remco Kuilman, diretor da Aviclaim. «Também se pode concluir que a KLM tem uma estrutura de custos relativamente pouco saudável em comparação com outras companhias aéreas europeias.»
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