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Imagem Pitane

O programa de manejo do gramado levou inadvertidamente a outro problema.

Pode parecer surpreendente, mas a política de corte de um município pode certamente influenciar a mobilidade dos seus residentes. As lacunas nas áreas residenciais têm um propósito importante no que diz respeito à mobilidade dos residentes. Freqüentemente, são a rota mais direta para chegar à via pública de bicicleta ou carrinho de bebê. Isto não só é conveniente, mas também incentiva a utilização de modos de transporte mais sustentáveis, como a bicicleta, o que é bom tanto para a saúde como para o ambiente.

Além disso, as brechas também oferecem uma solução prática para a retirada de lixeiras. Como os moradores podem levá-los para a rua pelo quintal, as lixeiras não precisam ficar permanentemente na frente das casas. Isto tem um impacto positivo na estética geral e na limpeza do bairro. A política de corte, que em alguns casos dificulta o acesso a estes portões, afecta um aspecto importante da vida quotidiana dos moradores. Não só a sua mobilidade é limitada, como também contribui para uma aparência menos arrumada do bairro.

Eindhoven, especialmente o distrito de Achtse Barrier, está mais uma vez passando por um período tumultuado no que diz respeito ao manejo de gramados. Depois de décadas usando brechas para levar lixeiras para a rua, os moradores agora são obrigados a fazer um desvio pelas suas salas de estar. Uma situação que mais uma vez levanta questões sobre o equilíbrio entre a gestão ambiental e o dia a dia dos moradores.

gerente da área

Leontien van Agt, Gestor de Área Stratum do Município de Eindhoven, que não quis responder às perguntas diretas dos nossos editores, mas referiu-se ao serviço de imprensa do município, vê a situação de forma diferente. Pela sua resposta aos moradores sobre diversas mensagens que também nos chegaram, ela acredita que não há faixa de servidão nos terrenos municipais atrás das casas. Para ela, também “não é um gramado para brincar” e há “muitos lugares onde as crianças podem brincar no gramado cortado mais curto”. 

Uma afirmação notável, uma vez que Van Agt subitamente ignora o facto de os residentes terem levado os seus caixotes do lixo, bicicletas e carrinhos para a rua por esta via há mais de 30 anos. Se tivessem sido construídos pelo município caminhos que conduzissem às traseiras das casas, seria lógico que permanecessem acessíveis. Isto pode ser feito facilmente com uma faixa de corte ao longo das casas, sem causar maiores danos à biodiversidade. Isto é da responsabilidade da gestão e manutenção, e não das interpretações legais do direito de passagem por parte do gestor da área.

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(O texto continua abaixo da foto)

O foco está na gestão e manutenção práticas para garantir a qualidade de vida e acessibilidade do espaço público.

O gestor da área tem um papel central na gestão de denúncias e reclamações relativas ao espaço público. Isso pode variar desde pedras soltas do pavimento e sinais de trânsito quebrados até lixo e ervas daninhas. É uma tarefa extensa que requer conhecimentos locais e visa manter os espaços públicos seguros e utilizáveis ​​para todos os residentes.

Após receber uma reclamação ou denúncia, é comum que o gestor da área envie ordens a diversos contratados para tratar do assunto. Acompanhar a qualidade e a conclusão dessas atividades também faz parte das atribuições. O gestor da área atua como elo entre os moradores e outras secretarias do município, como execução de projetos e autorizações. Os relatórios de maior alcance são, portanto, encaminhados internamente para o departamento correto.

O gestor da área não desempenha nenhum papel na elaboração de declarações legais, tais como sobre o direito de passagem. Esses tipos de questões estão fora da jurisdição e requerem tratamento jurídico especializado. O gestor da área deve abster-se de bancar o “juiz em movimento” em tais situações.

Os moradores não se sentem ouvidos e carecem de certa transparência na tomada de decisões. Agora as queixas estão a ser rejeitadas sem qualquer investigação sobre a situação no terreno. Antecessor Baixa de Leuven enfatizou anteriormente que a transparência e o envolvimento dos residentes são valores fundamentais na gestão de espaços verdes públicos. Seria benéfico para o município que aplicasse estes valores de forma consistente, especialmente em tempos de mudanças que têm impacto direto no dia a dia dos residentes.

(O texto continua abaixo da foto)

Uma faixa de corte atrás das casas é difícil, mas ao longo da água isso não parece ser um problema em Eindhoven.

Leontien van Agt está no centro do debate atual sobre a política de corte no distrito de Achtse Barrier. Suas posições e declarações constituem a espinha dorsal da política municipal, mas também levantam dúvidas entre os moradores. Um dos aspectos mais notáveis ​​da política de Van Agt é a inconsistência nas suas declarações. Por um lado, indica que as áreas atrás das casas não se destinam a relvados de brincar e que não existe passagem nos terrenos municipais. Por outro lado, ela aponta razões ecológicas para mudar o gramado para uma grama rica em ervas.

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argumentos

Esses argumentos contraditórios criam confusão entre os moradores. Levanta a questão de saber qual é exactamente a força motriz por detrás das recentes mudanças políticas: será a procura de mais biodiversidade ou será o corte dos caminhos tradicionais que os residentes utilizaram durante anos? Para sair deste impasse, o município terá de encontrar um meio-termo. Uma possível solução poderia ser cortar um caminho livre desde os quintais até à rua, mantendo a maior parte da relva para a biodiversidade.

Em termos concretos, trata-se de uma estreita faixa de corte em torno da qual se podem levar caixotes do lixo, bicicletas e carrinhos de bebé para a rua e nada mais. Esta falta de diálogo direto levou a um acúmulo de dúvidas entre os moradores. Numa questão que afeta tanto a qualidade de vida como a mobilidade de um bairro, a transparência e a abertura são de grande importância. Também é interessante comparar a política de Van Agt com a do seu antecessor, Bas van Leuven. Enquanto van Leuven enfatizou o envolvimento dos residentes e a procura de compromissos, van Agt parece estar a tomar um rumo mais autónomo. Levanta questões sobre o futuro da política e a forma como o município pretende lidar com os seus residentes.

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