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Imagem Pitane

As posições do NSC sobre os veículos eléctricos e a sua estratégia fiscal global parecem constituir um retrocesso numa altura em que outros países e partidos políticos estão a fazer progressos, incentivando opções de transporte mais limpas e sustentáveis.

A discussão em torno disso manifesto eleitoral de Pieter Omtzigt e do seu partido Novo Contrato Social (NSC) atingiu um ponto crítico à medida que as eleições se aproximam. O NSC parece agarrar-se a argumentos que já não correspondem à realidade contemporânea da utilização do automóvel nos Países Baixos.

O estímulo à condução elétrica, outrora uma ponta de lança da política fiscal, foi ajustado com descontos fiscais adicionais que estão agora limitados a veículos abaixo de um determinado limite de preço. Esta abordagem, que visa tornar a condução elétrica acessível a um público mais vasto, contrasta fortemente com as posições do NSC, que insiste em manter a condução acessível sem um incentivo explícito para a mudança para a eletricidade.

O manifesto eleitoral do NSC propõe uma política fiscal que permite que os carros eléctricos contribuam mais, enquanto os benefícios fiscais que se aplicaram durante anos foram eliminados gradualmente. O partido também apoia um imposto sobre camiões e uma política fiscal sobre o consumo que minimize os efeitos fronteiriços. Estes pontos ilustram um equilíbrio delicado entre o apoio à mobilidade sustentável e a preservação das receitas fiscais.

Durante o Debate sobre Mobilidade da RAI, a divisão entre os partidos políticos sobre o futuro da mobilidade e da inovação ganhou grande relevo. Embora algumas partes queiram estimular a inovação, a Associação RAI vê frequentemente o governo como um obstáculo devido ao lento ajustamento dos regulamentos e à imposição de restrições, o que poderia fazer com que os Países Baixos ficassem para trás a nível internacional.

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O esforço do Novo Contrato Social para manter baixos os custos de condução e, ao mesmo tempo, gerar mais receitas fiscais provenientes dos carros eléctricos levanta questões sobre a visão do partido sobre a sustentabilidade e a mobilidade futura.

O esforço do Novo Contrato Social para manter baixos os custos de condução e, ao mesmo tempo, gerar mais receitas fiscais provenientes dos carros eléctricos levanta questões sobre a visão do partido sobre a sustentabilidade e a mobilidade futura. Com as próximas eleições em perspectiva, fica claro que o partido se posiciona contra mudanças consideradas desfavoráveis ​​aos proprietários de automóveis, como o imposto quilometragem. A contradição entre a actual política de subsídios para veículos eléctricos e as propostas do NSC reflecte um debate mais amplo sobre o papel da intervenção governamental nos mecanismos de mercado.

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NS