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Imagem Pitane

Um dos principais desafios para o sucesso da Operação Zona 30 é a percepção do público.

Na cidade belga de Gante, Filip Watteeuw, conselheiro da Mobilidade do Partido Verde, está determinado a reduzir a velocidade na cidade e nos seus municípios periféricos. Tudo isto é feito sob o nome de ‘Operação Zona 30’, uma medida drástica que significa uma transformação para a mobilidade e a qualidade de vida em Ghent.

Desde 2018, a Zona de Operação 30 foi gradualmente introduzida em vários bairros de Gante. Esta semana é a vez de Mariakerke e Wondelgem, depois de Oostakker, Drongen, Sint-Amandsberg e Sint-Kruis-Winkel. O novo limite de velocidade aplica-se em toda a área entre a N9, o eixo Nieuwevaart e o eixo Groenestaakstraat-Botestraat. O limite de velocidade passa a ser de 30 km/h para automóveis, ciclomotores e bicicletas elétricas.

Segundo o vereador Filip Watteeuw, existem duas razões principais para esta medida. Em primeiro lugar, trata-se da segurança dos utentes vulneráveis ​​da estrada. Uma investigação realizada pela Flemish Traffic Science Foundation mostra que um peão tem seis vezes mais probabilidades de morrer numa colisão a 50 km/h do que a 30 km/h. Em segundo lugar, há o aspecto da qualidade de vida: uma velocidade mais baixa leva a menos ruído e emissões, o que torna o ambiente de vida mais agradável.

Embora as intenções por trás da Operação Zona 30 sejam louváveis, medições da Frente Ambiental de Ghent (GMF) mostraram que apenas um em cada quatro carros adere realmente ao novo limite de velocidade. O GMF, portanto, defende uma melhor aplicação e desenho das ruas para fazer cumprir as regras.

contexto político

O ajustamento da velocidade em Ghent é provavelmente o resultado de discussões anteriores entre pais preocupados, a vizinhança e a ministra flamenga Lydia Peeters (Open VLD). O conselho municipal de Ghent, que também esteve envolvido na consulta sobre a crise, está satisfeito com a intervenção do governo flamengo.

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(O texto continua abaixo da foto)

A medida pode ser vista como um obstáculo ao fluxo do trânsito, principalmente nos horários de pico. Para criar apoio, a cidade de Gante disponibilizou cartazes e painéis dobráveis ​​que os residentes podem colocar nas suas janelas.

Outra faceta da Operação Zona 30 é o redesenho das ruas e a instalação de disjuntores em trechos de alto risco. Primeiro, são abordadas as ruas com maior risco de segurança, seguidas de uma gama mais ampla de ajustes. A intenção é ajustar o traçado das ruas de forma que seja natural que os motoristas dirijam mais devagar.

Com a ascensão das cidades inteligentes, também existem oportunidades de utilização da tecnologia para fazer cumprir os novos limites de velocidade. Pense em velocímetros que fornecem feedback em tempo real aos motoristas ou em sistemas que coletam dados para análises adicionais e elaboração de políticas.

A nossa conclusão é que a Operação Zona 30 é uma iniciativa complexa e em camadas que afecta vários aspectos da vida da cidade de Ghent. O objectivo de tornar a cidade mais segura e habitável é nobre, mas existem vários desafios para o alcançar, desde a aplicação à percepção pública. Só o tempo dirá se a medida terá o efeito pretendido, mas uma coisa é certa: é um passo corajoso rumo a um ambiente urbano mais sustentável e humano.

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