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Pieter Omtzigt e o seu partido estão a colocar cartas de mobilidade na mesa. Desde ciclovias na cidade até redes ferroviárias internacionais, o programa eleitoral do Novo Contrato Social apresenta uma visão de mobilidade de longo alcance.

O partido não tem medo de assumir posições impopulares. Tudo o que o Novo Contrato Social propõe contém um apelo radical mas bem ponderado à mudança. É uma mão estendida ao cidadão, uma promessa para uma sociedade que tem em conta as necessidades de mobilidade de todos sem descurar o planeta.

Numa altura em que a confiança na política e na ordem administrativa neerlandesa está sob sério ataque, o partido Novo Contrato Social lançou o seu programa eleitoral “Tempo de Recuperação”. O líder do partido, Pieter Omtzigt, fez uma ligação directa entre a cultura administrativa actual e a questão dos benefícios e os danos causados ​​pelo terramoto em Groningen. “Se nada mudar, os problemas continuarão a acumular-se”, alertou Omtzigt, “e isto ameaçará ainda mais a alienação da sociedade holandesa”.

Na inauguração dele programa Nossa redação realizou uma ampla busca pela visão sobre mobilidade, tema que influencia diretamente no cotidiano e na economia do país. Dado que a população está a crescer e estão a surgir novos locais de vida e de trabalho, o Novo Contrato Social sublinha a importância da mobilidade não apenas como meio de transporte, mas também como ligação social. As pessoas devem poder deslocar-se facilmente para o trabalho, visitar familiares e amigos ou participar em atividades sociais.

Uma das pontas de lança é promover a bicicleta como uma alternativa realista aos carros e ao transporte público, especialmente nas áreas urbanas. Neste contexto, o partido luta por melhores ciclovias e pela expansão dos parques de estacionamento para bicicletas nos cruzamentos de transportes públicos. Longe das cidades, o partido não vê sentido na cobrança de quilômetros pelos carros, por falta de alternativas no campo.

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No que diz respeito ao transporte público, o Novo Contrato Social quer investir em opções de alta velocidade entre as grandes cidades. O partido é contra as cobranças nos horários de pico e está investigando a possibilidade de um bilhete mensal para viagens ilimitadas fora dos horários de pico, seguindo o exemplo alemão. Novas linhas ferroviárias, como a Linha Lely e a Linha da Baixa Saxónia, também fazem parte do plano para melhorar a acessibilidade do Norte e do Nordeste.

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O partido também abre espaço para investimentos em grandes manutenções rodoviárias e quer resolver gargalos no fluxo de tráfego. O que é especial é a intenção de considerar alternativas para o alargamento da A27 perto de Amelisweerd, algo que os ambientalistas verão sem dúvida como uma vitória.

A aviação continua a ser uma preocupação, mas o Novo Contrato Social aborda-a de um novo ângulo. O NSC também propõe restringir a aviação, defendendo impostos e taxas sobre passagens aéreas e querosene. O partido também quer cancelar os voos noturnos de Schiphol e manter o aeroporto de Lelystad fechado à aviação civil comercial. Ao mesmo tempo, o partido quer mudar o foco para opções mais sustentáveis, como a aviação elétrica e o hidrogénio como combustível.

Em linha com os objectivos de sustentabilidade, o Novo Contrato Social centra-se na promoção do transporte fluvial e do transporte ferroviário como alternativas ao transporte rodoviário, com especial atenção à melhoria das infra-estruturas. O transporte de substâncias perigosas através de condutas também está a ser desenvolvido como uma alternativa completa, à luz da transição energética.

Ao longo das suas muitas facetas, o programa eleitoral do Novo Contrato Social oferece uma visão bem pensada de como a mobilidade nos Países Baixos pode e deve mudar, não só para melhorar as infra-estruturas e a acessibilidade, mas também para resolver problemas sociais e ecológicos.

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